Estou afastado das lides andebolisticas por opçao e por contestaçao ao CA da FAP ha 2 anos e faço tençoes de me manter assim por mais algum tempo, mas nao posso de me sentir hoje muito feliz por aquilo que vi nos dois jogos das meias finais da Taça de Portugal em Andebol, relativamente ao comportamento das duas dupla de arbitragem presentes nos respectivos jogos.
Ja tive oportunidade de dar os parabens ao Ramiro pela enorme arbitragem que fizeram num jogo extremamente dificil de dirigir.
Para que essa prestaçao podesse ter os contornos que teve foi determinante a forma como desde logo e nos primeiros segundos mostraram aos jogadores qual iria ser a postura da dupla na direcao do jogo e no cumprimento das regras. A prova disso foi a excelente atitude que tiveram logo no primeiro minuto quando excluiram o atleta do Benfica pela forma como atacou o jogador do Porto. Ai ficou expresso a forma como a dupla iria atuar ao longo do jogo....sempre com redea curta. E evidente que este tipo de atuaçao muito dificil pois o criterio tem que ser igual ao longo dos 60 minutos do jogo e a dupla conseguiu muito bem manter esse mesmo rigor ao longo dos 70 minutos do jogo. Nas desqualificaçoes apenas uma palavra....SOBERBOS. A desqualificaçao do Quintana so e possivel devido a experiencia da dupla e a extrema atençao posta em jogo ( niveis de concentraçao sempre ao mais alto nivel ) pois conseguiram ver e muito bem que o Quintana apos defender a bola fez o movimento dos braços para atingir o atacante na cara ( cabeça ). E quando muita gente podia pensar que teria que ser assinaldo livre de 7 metros eis a resposta dada pela dupla....Desqualificaçao e lancamento de baliza a favor do FCP isto porque o atacante do Benfica rematou a vontade sendo atingido violentamente pelo Quintana apos a defesa deste . A desqualificaçao do jogador do Benfica igualmente correta visto ter ido claramente a cabeça do atacante do Porto. LIvres de 7 metros todos corretos, e restante cumprimento e aplicaçao das regras totalmente acertadas.
Perante isto e e a minha opiniao que vale o que vale estamos perante uma arbitragem IMACULADA.
Parabens a dupla
A ARBITRAGEM NO ANDEBOL
domingo, 3 de abril de 2016
domingo, 18 de janeiro de 2015
QATAR 2015....RUSSIA-ALEMANHA .... QUE ARBITRAGEM?
Vi hoje um grande jogo de handebol referente ao mundial do Qatar, entre as seleçoes da Russia e da Alemanha. Um jogo extremamente disputado ate ao ultimo segundo e que acabou com a vitoria da alemanha por 1 golo, vitoria essa alcançada nos ultimos segundos quando a Russia estava no ataque e fez um mau passe que proporcionou a vitoria alema. Mas aquilo que me interessa aqui referir e o seguinte:
Este jogo e um daqueles jogos que devem servir como instrumento de trabalho para o departamento de formaçao da FAP ( se e que existe ) pois foi um jogo de dificil conduçao por qualquer tipo de dupla de arbitragem. E aqui importa referir que o jogo foi dirigido por uma dupla jovem sueca ( geralmente designados como os melhores do mundo) e que realizaram uma EXCELENTE arbitragem em todos os niveis.
Para tal podemos começar pela forma como conduziram o jogo.
Desde logo e cedo mostraram aos jogadores aquilo que era permitido e o que nao iam permitir.
Estiveram sempre em cima dos jogadores fazendo sentir a sua presença em campo ( em Portugal so uma dupla faz isto...EURICO/IVAN ), falando com os jogadores quando precisaram de o fazer e atuando disciplinarmente quando a tal foram obrigados ( Russia com 10 ou 11 exclusoes e Alemanha com 6 ou 7, mas sem que houvesse protestos dos bancos ), sem qualquer tipo de arrogancia disseram a todos "estamos aqui e o jogo vai ser disputado como nos quisermos e nao como os jogadores quiserem".E assim foi.... a presença e decisoes da dupla foram sempre muito bem aceites por todos, e quando assim e estamos perante o melhor que ha, estamos perante a garantia de que vamos ter um bom espectaculo de andebol.
Falando agora da parte disciplinar, e tendo em conta aquilo que acima disse referente ao numero de exclusoes importa referir que todas foram corretamente aplicadas e que mais 2 ou 3 podiam ter sido dadas mas a gestao feita e bem permitiu que os jogadores entendessem que nao deviam continuar a usar determinadas formas de defender. E todas foram bem dadas porque nao permitiram gravatas, empurroes por tras ou laterais a jogadores em suspensao, nao permitiram o puxar constante e prolongado de camisolas, nao permitiram o agarrar constante ao pivot principalmente quando era impedido de rodar..... MAGNIFICO. Mantiveram o criterio ate ao final do jogo para ambas as equipas.
Falando dos 7 metros...todos eles corretamente assinalados, principalmente aqueles em que os defensores usaram o interior da sua area de baliza para impedir o remate ao atacante. Todos aqueles que implicaram a falta sobre o atacante portador da bola em ato de remate e impedidos pelos defensores, para alem do livre de 7 metros foi igualmente aplicada a respetiva sançao progressiva ( disciplinar ).
Mantiveram os defensores sempre a 3 metros da bola isto porque quando se vai ao local da falta o defensor por tendencia recua ( Eurico / Ivan ) sao eximios nisto em Portugal porque vao ao local da falta, e por isso nao precisaram de mandar recuar os defensores para cumprirem a distancia regulamentar dos 3 metros.
Na falta do atacante no geral estiveram muito bem com um senao na minha prespetiva....ha 2 ou 3 lances no jogo em que o lateral se desloca para a ponta com intençao de conquistar o espaço ao atacante que corre em linha reta na direçao do defensor e depois chocam peito com peito com o remate do atacante a baliza perfeitamente equilibrado. Nestes lances a dupla marcou sempre falta ao defensor embora na minha prespetiva das duas, uma...ou nao marca nada, porque o choque e frontal, so com o peito, sem haver maos do defensor no atacante, e porque o atacante tambem remata a baliza perfeitamente equilibrado, ou entao a marcar, marca falta ao atacante, isto porque realiza uma corrida em linha reta na direcao do defensor. Na minha opiniao nunca falta do defensor.
Mas cometer estes 3 erros ( se e que se podem chamar erros ), num jogo com estas caracteristicas, com esta intensidade e disputado ate ao milesimo de segundo e sem duvida uma EXCELENTE ARBITRAGEM.
QUE O JOGO SIRVA PARA ALGUMA COISA NO CA DA FAP.
QUE OS ARBITROS JOVENS PONHAM OS OLHOS NESTA ARBITRAGEM E EM TUDO AQUILO QUE ENVOLVE A ARBITRAGEM E O JOGO
Este jogo e um daqueles jogos que devem servir como instrumento de trabalho para o departamento de formaçao da FAP ( se e que existe ) pois foi um jogo de dificil conduçao por qualquer tipo de dupla de arbitragem. E aqui importa referir que o jogo foi dirigido por uma dupla jovem sueca ( geralmente designados como os melhores do mundo) e que realizaram uma EXCELENTE arbitragem em todos os niveis.
Para tal podemos começar pela forma como conduziram o jogo.
Desde logo e cedo mostraram aos jogadores aquilo que era permitido e o que nao iam permitir.
Estiveram sempre em cima dos jogadores fazendo sentir a sua presença em campo ( em Portugal so uma dupla faz isto...EURICO/IVAN ), falando com os jogadores quando precisaram de o fazer e atuando disciplinarmente quando a tal foram obrigados ( Russia com 10 ou 11 exclusoes e Alemanha com 6 ou 7, mas sem que houvesse protestos dos bancos ), sem qualquer tipo de arrogancia disseram a todos "estamos aqui e o jogo vai ser disputado como nos quisermos e nao como os jogadores quiserem".E assim foi.... a presença e decisoes da dupla foram sempre muito bem aceites por todos, e quando assim e estamos perante o melhor que ha, estamos perante a garantia de que vamos ter um bom espectaculo de andebol.
Falando agora da parte disciplinar, e tendo em conta aquilo que acima disse referente ao numero de exclusoes importa referir que todas foram corretamente aplicadas e que mais 2 ou 3 podiam ter sido dadas mas a gestao feita e bem permitiu que os jogadores entendessem que nao deviam continuar a usar determinadas formas de defender. E todas foram bem dadas porque nao permitiram gravatas, empurroes por tras ou laterais a jogadores em suspensao, nao permitiram o puxar constante e prolongado de camisolas, nao permitiram o agarrar constante ao pivot principalmente quando era impedido de rodar..... MAGNIFICO. Mantiveram o criterio ate ao final do jogo para ambas as equipas.
Falando dos 7 metros...todos eles corretamente assinalados, principalmente aqueles em que os defensores usaram o interior da sua area de baliza para impedir o remate ao atacante. Todos aqueles que implicaram a falta sobre o atacante portador da bola em ato de remate e impedidos pelos defensores, para alem do livre de 7 metros foi igualmente aplicada a respetiva sançao progressiva ( disciplinar ).
Mantiveram os defensores sempre a 3 metros da bola isto porque quando se vai ao local da falta o defensor por tendencia recua ( Eurico / Ivan ) sao eximios nisto em Portugal porque vao ao local da falta, e por isso nao precisaram de mandar recuar os defensores para cumprirem a distancia regulamentar dos 3 metros.
Na falta do atacante no geral estiveram muito bem com um senao na minha prespetiva....ha 2 ou 3 lances no jogo em que o lateral se desloca para a ponta com intençao de conquistar o espaço ao atacante que corre em linha reta na direçao do defensor e depois chocam peito com peito com o remate do atacante a baliza perfeitamente equilibrado. Nestes lances a dupla marcou sempre falta ao defensor embora na minha prespetiva das duas, uma...ou nao marca nada, porque o choque e frontal, so com o peito, sem haver maos do defensor no atacante, e porque o atacante tambem remata a baliza perfeitamente equilibrado, ou entao a marcar, marca falta ao atacante, isto porque realiza uma corrida em linha reta na direcao do defensor. Na minha opiniao nunca falta do defensor.
Mas cometer estes 3 erros ( se e que se podem chamar erros ), num jogo com estas caracteristicas, com esta intensidade e disputado ate ao milesimo de segundo e sem duvida uma EXCELENTE ARBITRAGEM.
QUE O JOGO SIRVA PARA ALGUMA COISA NO CA DA FAP.
QUE OS ARBITROS JOVENS PONHAM OS OLHOS NESTA ARBITRAGEM E EM TUDO AQUILO QUE ENVOLVE A ARBITRAGEM E O JOGO
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
LEI DA VANTAGEM
Depois de 2 meses de ausência, em que não publiquei nada neste espaço aqui estou de novo. Antes de iniciar a minha publicação quero dizer que esta ausencia foi propositada, pois aproveitei os meses de Novembro e Dezembro do ano passado, meses em que estive ocupado com o desempenho das minhas funções de delegado para analisar algumas das dificuldades dos arbitros para depois aqui falar delas.
E uma das dificuldades que senti foi a correta aplicação da LEI DA VANTAGEM.
É precisamente sobre esse tema que hoje vou falar, fazendo uma breve abordagem aquilo que é na minha opinião a lei da vantagem, e depois apresentando algumas situações de jogo em que a mesma deve ser aplicada e qual a forma mais correta da sua aplicação. Neste aspeto para alem da parte tecnica falarei tambem na parte disciplinar.
Tudo aquilo que aqui escrever é da minha inteira responsabilidade, e é sempre baseada na minha conceção de jogo, na minha experiencia enquanto arbitro. Não entro nem pretendo entrar de forma alguma em conflito de ideias com o CA da FAP, no que diz respeito ás suas indicações aos arbitros. É apenas e só a minha opinião a falar
Para que haja uma correta aplicação da lei da vantagem é importante que os árbitros saibam distinguir quando ela começa e onde tem que acabar. Assim a vantagem começa quando o atacante portador da bola, inicia um ataque, e na sua ação vem sofrendo falta por parte do defensor. Essa vantagem termina quando o atacante comete ele uma falta ( ex: passos, falta atacante ), falta essa resultante da açao faltosa do defensor.
Quando isso acontece devem os arbitros terminar a vantagem assinalando falta a favor do atacante, pois a falta por ele cometida e resultante de uma ação faltosa sobre ele cometida por terceiros, ou seja o atacante nao faz passos ou falta atacante de forma livre e voluntaria.
Nunca numa situação destas devem os arbitros:
PERMITIR A CONTINUIDADE DO LANCE ATE A OBTENÇAO DE GOLO
ASSINALAR FALTA AO ATACANTE PELA FALTA COMETIDA
Ao permitirem a continuidade da vantagem ate a otenção do golo estão os arbitros a cometerem um erro grave e grosseiro, pois estão a dar ao atacante a possibilidade da obtenção de um golo que e irregular e estão ao mesmo tempo a dar aquilo que se chama a DUPLA VANTAGEM, que não é contemplada nas regras de jogo da nossa modalidade, nem de nenhuma outra
Ao assinalarem falta ao atacante estão a prejudicar duplamente o atacante.
Outro aspeto que verifico ser de grande dificuldade para alguns arbitros quando aplicam ou querem aplicar a lei da vantagem tem a ver com a aplicação posterior da correspondente ação disciplinar.
Muitos dos árbitros aplicam a lei da vantagem mas depois esquecem-se de sancionar disciplinarmente os defensores pelas ações faltosas graves e violentas sobre os atacantes, e isto acontece na minha opinião por não saberem exatamente o que fazer nestas situações.
A decisão a tomar é facil. Basta depois de se concluir a jogada a qual se deu a vantagem, fazer time-out e sancionar disciplinarmente o jogador faltoso.
O reinicio de jogo sera feito apos apito do arbitro central pela situação correspondente ( se foi golo- lançamento de saida apos golo, se foi interrompida a vantagem por uma falta - recomeço do jogo apos apito com lançamento livre correspondente - isto sempre depois de sancionar disciplinarmente o jogador faltoso )
Vou agora apresentar algumas situações de jogo com a aplicação da lei da vantagem, e com o resultado da mesma quer tecnico quer diciplinar
SITUAÇÕES DE JOGO E SUA RESOLUÇÃO
Atacante perde a posse da bola para o defensor que de imediato inicia o contra ataque. Nessa altura é agarrado pela camisola, mas consegue libertar-se e obter golo
Decisão:
Tecnica: GOLO
Disciplinar: Apos a validaçao do golo e antes do lançamento de saida apos golo arbitro central faz time out e sanciona disciplinarmente o jogador faltoso
Atacante perde a posse de bola para defensor que de imediato inicia o contra ataque. Nessa altura é agarrado pela camisola e consegue libertar-se chegando a linha dos 9 metros contraria a para o contra ataque para iniciar ataque organizado
Decisão:
Tecnica: Logo que o atacante para o contra ataque para iniciar o ataque organizado o árbitro central faz imediatamente time out.Depois de sancionar disciplinarmente o jogador faltoso reinicia o jogo apos apito com o lançamento correspondente no local onde o jogo foi interrompido
Disciplinar: Apos o time out feito quando a equipa atacante parou o contra ataque, sanciona disciplinarmente o jogador faltoso
Pivot de costas para a baliza recebe a bola agarrado por tras pelo defensor. Consegue libertar-se e em perfeito equilibrio corporal e sem sofrer mais nenhuma falta no ato de ramate falha o golo
O que tenho visto fazer: decisão:
Tem sido assinalado livre de 7 metros, porque o atacante falhou o golo
É correta a decisão? NAO É
Qual a decisão correta?
Não há lugar á marcação do livre de 7 metros, pois o atacante falha o golo por inoperancia dele proprio ou pela ação positiva de defesa do guarda redes. E não há lugar aos 7 metros porque o atacante quando remata ja não está a sofrer qualquer falta, e está em perfieto estado de equilibrio corporal.
Ao assinalar o livre de 7 metros os árbitros estão a conceder ao atacante a dupla vantagem
Atacante inicia jogada de ataque a baliza, mas na sua ação vai sendo agarrado pelo defensor. No entanto o atacante consegue após ter dado 4 passos obter golo. O arbitro central nada assinala e o árbitro de baliza valida o golo.
É correta esta decisão? NAO
A decisão de validar o golo não e correta pois o atacante obteve-o numa situação faltosa, situação essa provocada pela ação incorreta do defensor
Então qual é a decisão correta a tomar?
Não validar o golo, e assinalar falta a favor da equipa atacante, visto o jogador atacante ter feito passos não de forma voluntária mas sim motivada pela ação faltosa do defensor.
Numa situação desta tipo não pode nunca ser assinalada falta ao atacante,mas sim e sempre ao defensor.
Estas são algumas situações que mais acontecem nos nossos jogos e que são mal analisadas pelos arbitros por não saberem aplicar a lei da vantagem de forma correta
A lei da vantagem só pode ser corretamente aplicada se os árbitros souberem definir quando começa e quando e onde termina a vantagem do atacante.
É tambem dividida em dois aspetos .... lei vantagem propriamente dita e a lei da vantagem com a aplicação sa sanção progressiva
Espero que com esta explanação tenha contribuido de alguma forma para ajudar os nossos arbitros a perceberem melhor como e quando aplicar a LEI DA VANTAGEM, que é de extrema importancia para permitir que tenhamos um jogo mais fluido, mais rapido e mais interessante.
As sinfonias e apito, e árbitros que apitam a tudo e a nada, não contribuem em nada para um jogo alegre, fluido, vistoso e apaixonante como devem ser os jogos de andebol.
Fazer de um jogo de andebol um jogo fastidioso, mau e quando isso acontece pela ação dos árbitros só contribui para o afastamento das pessoas dos nossos pavilhões e não é isso certamente que se pretende.!
VAMOS TODOS JUNTOS MELHORAR A ARBITRAGEM NACIONAL!
E uma das dificuldades que senti foi a correta aplicação da LEI DA VANTAGEM.
É precisamente sobre esse tema que hoje vou falar, fazendo uma breve abordagem aquilo que é na minha opinião a lei da vantagem, e depois apresentando algumas situações de jogo em que a mesma deve ser aplicada e qual a forma mais correta da sua aplicação. Neste aspeto para alem da parte tecnica falarei tambem na parte disciplinar.
Tudo aquilo que aqui escrever é da minha inteira responsabilidade, e é sempre baseada na minha conceção de jogo, na minha experiencia enquanto arbitro. Não entro nem pretendo entrar de forma alguma em conflito de ideias com o CA da FAP, no que diz respeito ás suas indicações aos arbitros. É apenas e só a minha opinião a falar
Para que haja uma correta aplicação da lei da vantagem é importante que os árbitros saibam distinguir quando ela começa e onde tem que acabar. Assim a vantagem começa quando o atacante portador da bola, inicia um ataque, e na sua ação vem sofrendo falta por parte do defensor. Essa vantagem termina quando o atacante comete ele uma falta ( ex: passos, falta atacante ), falta essa resultante da açao faltosa do defensor.
Quando isso acontece devem os arbitros terminar a vantagem assinalando falta a favor do atacante, pois a falta por ele cometida e resultante de uma ação faltosa sobre ele cometida por terceiros, ou seja o atacante nao faz passos ou falta atacante de forma livre e voluntaria.
Nunca numa situação destas devem os arbitros:
PERMITIR A CONTINUIDADE DO LANCE ATE A OBTENÇAO DE GOLO
ASSINALAR FALTA AO ATACANTE PELA FALTA COMETIDA
Ao permitirem a continuidade da vantagem ate a otenção do golo estão os arbitros a cometerem um erro grave e grosseiro, pois estão a dar ao atacante a possibilidade da obtenção de um golo que e irregular e estão ao mesmo tempo a dar aquilo que se chama a DUPLA VANTAGEM, que não é contemplada nas regras de jogo da nossa modalidade, nem de nenhuma outra
Ao assinalarem falta ao atacante estão a prejudicar duplamente o atacante.
Outro aspeto que verifico ser de grande dificuldade para alguns arbitros quando aplicam ou querem aplicar a lei da vantagem tem a ver com a aplicação posterior da correspondente ação disciplinar.
Muitos dos árbitros aplicam a lei da vantagem mas depois esquecem-se de sancionar disciplinarmente os defensores pelas ações faltosas graves e violentas sobre os atacantes, e isto acontece na minha opinião por não saberem exatamente o que fazer nestas situações.
A decisão a tomar é facil. Basta depois de se concluir a jogada a qual se deu a vantagem, fazer time-out e sancionar disciplinarmente o jogador faltoso.
O reinicio de jogo sera feito apos apito do arbitro central pela situação correspondente ( se foi golo- lançamento de saida apos golo, se foi interrompida a vantagem por uma falta - recomeço do jogo apos apito com lançamento livre correspondente - isto sempre depois de sancionar disciplinarmente o jogador faltoso )
Vou agora apresentar algumas situações de jogo com a aplicação da lei da vantagem, e com o resultado da mesma quer tecnico quer diciplinar
SITUAÇÕES DE JOGO E SUA RESOLUÇÃO
Atacante perde a posse da bola para o defensor que de imediato inicia o contra ataque. Nessa altura é agarrado pela camisola, mas consegue libertar-se e obter golo
Decisão:
Tecnica: GOLO
Disciplinar: Apos a validaçao do golo e antes do lançamento de saida apos golo arbitro central faz time out e sanciona disciplinarmente o jogador faltoso
Atacante perde a posse de bola para defensor que de imediato inicia o contra ataque. Nessa altura é agarrado pela camisola e consegue libertar-se chegando a linha dos 9 metros contraria a para o contra ataque para iniciar ataque organizado
Decisão:
Tecnica: Logo que o atacante para o contra ataque para iniciar o ataque organizado o árbitro central faz imediatamente time out.Depois de sancionar disciplinarmente o jogador faltoso reinicia o jogo apos apito com o lançamento correspondente no local onde o jogo foi interrompido
Disciplinar: Apos o time out feito quando a equipa atacante parou o contra ataque, sanciona disciplinarmente o jogador faltoso
Pivot de costas para a baliza recebe a bola agarrado por tras pelo defensor. Consegue libertar-se e em perfeito equilibrio corporal e sem sofrer mais nenhuma falta no ato de ramate falha o golo
O que tenho visto fazer: decisão:
Tem sido assinalado livre de 7 metros, porque o atacante falhou o golo
É correta a decisão? NAO É
Qual a decisão correta?
Não há lugar á marcação do livre de 7 metros, pois o atacante falha o golo por inoperancia dele proprio ou pela ação positiva de defesa do guarda redes. E não há lugar aos 7 metros porque o atacante quando remata ja não está a sofrer qualquer falta, e está em perfieto estado de equilibrio corporal.
Ao assinalar o livre de 7 metros os árbitros estão a conceder ao atacante a dupla vantagem
Atacante inicia jogada de ataque a baliza, mas na sua ação vai sendo agarrado pelo defensor. No entanto o atacante consegue após ter dado 4 passos obter golo. O arbitro central nada assinala e o árbitro de baliza valida o golo.
É correta esta decisão? NAO
A decisão de validar o golo não e correta pois o atacante obteve-o numa situação faltosa, situação essa provocada pela ação incorreta do defensor
Então qual é a decisão correta a tomar?
Não validar o golo, e assinalar falta a favor da equipa atacante, visto o jogador atacante ter feito passos não de forma voluntária mas sim motivada pela ação faltosa do defensor.
Numa situação desta tipo não pode nunca ser assinalada falta ao atacante,mas sim e sempre ao defensor.
Estas são algumas situações que mais acontecem nos nossos jogos e que são mal analisadas pelos arbitros por não saberem aplicar a lei da vantagem de forma correta
A lei da vantagem só pode ser corretamente aplicada se os árbitros souberem definir quando começa e quando e onde termina a vantagem do atacante.
É tambem dividida em dois aspetos .... lei vantagem propriamente dita e a lei da vantagem com a aplicação sa sanção progressiva
Espero que com esta explanação tenha contribuido de alguma forma para ajudar os nossos arbitros a perceberem melhor como e quando aplicar a LEI DA VANTAGEM, que é de extrema importancia para permitir que tenhamos um jogo mais fluido, mais rapido e mais interessante.
As sinfonias e apito, e árbitros que apitam a tudo e a nada, não contribuem em nada para um jogo alegre, fluido, vistoso e apaixonante como devem ser os jogos de andebol.
Fazer de um jogo de andebol um jogo fastidioso, mau e quando isso acontece pela ação dos árbitros só contribui para o afastamento das pessoas dos nossos pavilhões e não é isso certamente que se pretende.!
VAMOS TODOS JUNTOS MELHORAR A ARBITRAGEM NACIONAL!
domingo, 18 de novembro de 2012
TÉCNICA DE ARBITRAGEM
O tema que hoje vou tratar neste meu espaço inteiramente dedicado a arbitragem e a TECNICA DE ARBITRAGEM, um tema que considero de extrema importancia para um bom desempenho das nossas duplas de arbitragem e que nem sempre é convenientemente aplicado, e que por nao o ser acaba e muito por prejudicar as prestações dos arbitros nos jogos que dirigem
Quero desde ja ressalvar que tudo aquilo que aqui escrevo e unica e simplesmente da minha inteira responsabilidade, sendo as opinioes meramente pessoais, baseadas na minha experiencia enquanto ex-arbitro e fundamentada naquilo que tenho vindo a constatar ao longo dos anos em que estive ligado a arbitragem, quer como arbitro, quer como colaborador do departamento de formaçao da FAP, quer agora como delegado
Aquilo que tenho vindo a observar e uma ma colocaçao dos arbitros no terreno de jogo, falta de comunicaçao entre os elementos das duplas, falta de definiçao em relaçao as funçoes dos elementos da dupla durante a conduçao de um jogo, etc.etc. Por isso vou aqui deixar algumas dicas no sentido de poder ajudar os nossos arbitros a melhorarem as suas prestações nos jogos tendo por base a utilizaçao da técnica de arbitragem
Para tal começo por salientar que a tecnica de arbitragem implica a aplicaçao de aspetos tão importantes e simples como:
COLOCAÇÃO DOS ARBITROS NO TERRENO DE JOGO
MOVIMENTAÇAO DOS ARBITROS EM CAMPO
DIALOGO ENTRE OS ELEMENTOS DA DUPLA ( DIALOGO MUDO )
APROVEITAMENTO DOS MOMENTOS IDEAIS PARA EFETUAREM AS TROCAS
Relativamente a colocação dos arbitros em campo aquilo que tenho vindo a verificar ao longo dos anos é que os arbitros, e principalmente os arbitros centrais, apos ultrapassarem a linha do meio campo "acampam" num determinado sitio e parece que tem cola nas sapatilhas pois dai nao saem a nao ser que tenham que ir para arbitros de baliza ou porque tem que ir para a linha de 7 metros.
Essa é uma postura completamente errada, pois os arbitros ao "acamparem" numa determinada zona do campo e dai nao sairem vao ter serias deficuldades em analisar os lances e por consequencia farao juizos completamente errados pois nao estao devidamente colocados para poderem fazer o julgamento correto dos varios lances.
COMO CORRIGIR ISSO
A melhor forma de corrigirem essa situaçao e poderem ter uma melhor visibilidade dos lances que lhes permita terem um melhor e mais correto julgamento dos lances é a utilização das DIAGONAIS do campo, ou seja, devem estar posicionados no lado oposto ao lado da circulação da bola. Se utilizarem este tecnica verificarão que tem uma maior visibilidade do campo e por consequencia uma melhor visibilidade para poderem julgar melhor os lances. Estar parados num sitio só anula completamente o seu angulo de visão pois estão sistematicamente nas costas do atacante,sendo que a unica coisa que conseguem ver são as costas do atacante e nunca a bola, e muito menos a atuaçao do defesa em relação ao atacante
Mas a ma colocaçao no terreno de jogo nao e so do arbitro central pois o arbitro de baliza tambem tem por norma estar mal colocado e tem por defeito olhar para todos os lados menos para aquilo que deve olhar.
Compete ao arbitro de baliza tomar conta de todas as ocorrencias que acontecem junto a linha dos seis metros, como a movimentaçao dos pivots, as violaçoes, e os lances que originam situaçoes mercedoras da marcaçao de livres de 7 metros. Acontece que a maior parte das vezes os arbitros de baliza estao mais preocupados com a circulaçao da bola aos 9 e 10 ou mais metros, estao mais preocupados em olhar para a bancada, e por isso descuram completamente aquilo que sao as suas competencias. É tambem um enorme defeito dos arbitros de baliza estarem constantemente a apitar lances que acontecem aos 9 ou 10 metros e que são da competencia do arbitro central, esquecendo-se de que ao faze-lo estao a descurar a sua zona de ação e ao mesmo tempo estão a passar ao colega um autentico ATESTADO DE INCOMPETENCIA, o que numa dupla é uma situação completamente intoleravel.
Relativamente ao momento ideal para as trocas quero referir o seguinte:
Tenho verificado que há duplas que estao com a mesma equipa quase 10 minutos ( para o trabalho da dupla é mau).Se tivermos um jogo em que uma equipa tem uma forma de defender muito agressiva ( e por vezes ate a roçar o violento ), o arbitro que está com essa equipa acaba por ser o "mau da fita", pois sera ele sempre a sancionar disciplinarmente os jogadores da mesma equipa enquanto que o outro ( porque a outra equipa tem uma postura diferente ) acaba por ser o "bom da fita".
Esta situação corrige-se facilmente se os arbitros usarem o dialgo MUDO entre eles, dialogo esse que nao é mais que a utilização de sinaleticas previamente estipuladas entre os elementos das duplas e que lhes permite usar as trocas com maior regularidade. Essa sinaletica pode ser um simples gesto de cabeça, um sinal feito aquando da validaçao de um golo pelo arbitro de baliza que quando levanta o seu braço para validar o golo com um dedo pode indicar ao colega o lado para que este deve ir, etc. Pode ser tambem estabelecido pelos elementos das duplas que devem fazer as trocas a cada 5 ou 6 minutos ou entao devem aproveitar os chamados momentos OTIMOS para procederem ás trocas.
QUAIS SÂO OS MOMENTOS OTIMOS ?
Durante um jogo ha varios momentos que podem ser designados por momentos otimos para serem aproveitados pelos arbitros para procederem as trocas e que são:
TIME OUT DE EQUIPA
TIME OUT POR LESAO DE UM JOGADOR, PARA MANDAR LIMPAR O RECINTO, ETC
EXCLUSAO DE UM JOGADOR
SANÇÃO DISCIPLINAR A UM OFICIAL
MARCAÇÃO DE UM LIVRE DE 7 METROS
Estas são algumas dicas que aqui deixo e que julgo serem importantes para que os arbitros possam ter um melhor desempenho nas suas dificeis funções de arbitros de andebol
Quero desde ja ressalvar que tudo aquilo que aqui escrevo e unica e simplesmente da minha inteira responsabilidade, sendo as opinioes meramente pessoais, baseadas na minha experiencia enquanto ex-arbitro e fundamentada naquilo que tenho vindo a constatar ao longo dos anos em que estive ligado a arbitragem, quer como arbitro, quer como colaborador do departamento de formaçao da FAP, quer agora como delegado
Aquilo que tenho vindo a observar e uma ma colocaçao dos arbitros no terreno de jogo, falta de comunicaçao entre os elementos das duplas, falta de definiçao em relaçao as funçoes dos elementos da dupla durante a conduçao de um jogo, etc.etc. Por isso vou aqui deixar algumas dicas no sentido de poder ajudar os nossos arbitros a melhorarem as suas prestações nos jogos tendo por base a utilizaçao da técnica de arbitragem
Para tal começo por salientar que a tecnica de arbitragem implica a aplicaçao de aspetos tão importantes e simples como:
COLOCAÇÃO DOS ARBITROS NO TERRENO DE JOGO
MOVIMENTAÇAO DOS ARBITROS EM CAMPO
DIALOGO ENTRE OS ELEMENTOS DA DUPLA ( DIALOGO MUDO )
APROVEITAMENTO DOS MOMENTOS IDEAIS PARA EFETUAREM AS TROCAS
Relativamente a colocação dos arbitros em campo aquilo que tenho vindo a verificar ao longo dos anos é que os arbitros, e principalmente os arbitros centrais, apos ultrapassarem a linha do meio campo "acampam" num determinado sitio e parece que tem cola nas sapatilhas pois dai nao saem a nao ser que tenham que ir para arbitros de baliza ou porque tem que ir para a linha de 7 metros.
Essa é uma postura completamente errada, pois os arbitros ao "acamparem" numa determinada zona do campo e dai nao sairem vao ter serias deficuldades em analisar os lances e por consequencia farao juizos completamente errados pois nao estao devidamente colocados para poderem fazer o julgamento correto dos varios lances.
COMO CORRIGIR ISSO
A melhor forma de corrigirem essa situaçao e poderem ter uma melhor visibilidade dos lances que lhes permita terem um melhor e mais correto julgamento dos lances é a utilização das DIAGONAIS do campo, ou seja, devem estar posicionados no lado oposto ao lado da circulação da bola. Se utilizarem este tecnica verificarão que tem uma maior visibilidade do campo e por consequencia uma melhor visibilidade para poderem julgar melhor os lances. Estar parados num sitio só anula completamente o seu angulo de visão pois estão sistematicamente nas costas do atacante,sendo que a unica coisa que conseguem ver são as costas do atacante e nunca a bola, e muito menos a atuaçao do defesa em relação ao atacante
Mas a ma colocaçao no terreno de jogo nao e so do arbitro central pois o arbitro de baliza tambem tem por norma estar mal colocado e tem por defeito olhar para todos os lados menos para aquilo que deve olhar.
Compete ao arbitro de baliza tomar conta de todas as ocorrencias que acontecem junto a linha dos seis metros, como a movimentaçao dos pivots, as violaçoes, e os lances que originam situaçoes mercedoras da marcaçao de livres de 7 metros. Acontece que a maior parte das vezes os arbitros de baliza estao mais preocupados com a circulaçao da bola aos 9 e 10 ou mais metros, estao mais preocupados em olhar para a bancada, e por isso descuram completamente aquilo que sao as suas competencias. É tambem um enorme defeito dos arbitros de baliza estarem constantemente a apitar lances que acontecem aos 9 ou 10 metros e que são da competencia do arbitro central, esquecendo-se de que ao faze-lo estao a descurar a sua zona de ação e ao mesmo tempo estão a passar ao colega um autentico ATESTADO DE INCOMPETENCIA, o que numa dupla é uma situação completamente intoleravel.
Relativamente ao momento ideal para as trocas quero referir o seguinte:
Tenho verificado que há duplas que estao com a mesma equipa quase 10 minutos ( para o trabalho da dupla é mau).Se tivermos um jogo em que uma equipa tem uma forma de defender muito agressiva ( e por vezes ate a roçar o violento ), o arbitro que está com essa equipa acaba por ser o "mau da fita", pois sera ele sempre a sancionar disciplinarmente os jogadores da mesma equipa enquanto que o outro ( porque a outra equipa tem uma postura diferente ) acaba por ser o "bom da fita".
Esta situação corrige-se facilmente se os arbitros usarem o dialgo MUDO entre eles, dialogo esse que nao é mais que a utilização de sinaleticas previamente estipuladas entre os elementos das duplas e que lhes permite usar as trocas com maior regularidade. Essa sinaletica pode ser um simples gesto de cabeça, um sinal feito aquando da validaçao de um golo pelo arbitro de baliza que quando levanta o seu braço para validar o golo com um dedo pode indicar ao colega o lado para que este deve ir, etc. Pode ser tambem estabelecido pelos elementos das duplas que devem fazer as trocas a cada 5 ou 6 minutos ou entao devem aproveitar os chamados momentos OTIMOS para procederem ás trocas.
QUAIS SÂO OS MOMENTOS OTIMOS ?
Durante um jogo ha varios momentos que podem ser designados por momentos otimos para serem aproveitados pelos arbitros para procederem as trocas e que são:
TIME OUT DE EQUIPA
TIME OUT POR LESAO DE UM JOGADOR, PARA MANDAR LIMPAR O RECINTO, ETC
EXCLUSAO DE UM JOGADOR
SANÇÃO DISCIPLINAR A UM OFICIAL
MARCAÇÃO DE UM LIVRE DE 7 METROS
Estas são algumas dicas que aqui deixo e que julgo serem importantes para que os arbitros possam ter um melhor desempenho nas suas dificeis funções de arbitros de andebol
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
FORMAÇÃO
Hoje vou dedicar algum tempo a um tema que considero de extrema importancia e que muito devia contribuir para o melhoramento e desenvolvimento da arbitragem em Portugal.
O tema a que me proponho hoje abordar não é mais nem menos que o tema "FORMAÇÃO".
E ao aborda-lo vou fazer um certo paralelismo entre aquilo que foi a formação de jovens árbitros em tempos que já la vão ( Presidencia do Sr, Luis Santos ), e a atual formação da FAP.
Como é do conhecimento geral durante muitos anos a FAP constituiu um departamento de formação de jovens árbitros do qual tive um enorme prazer de dele fazer parte, e que era chefiado pelo atual candidato a Presidente do Conselho de Arbitragem da FAP, Sr Antonio Jose Goulao, e que para alem de mim, teve como colaboradores pessoas atualmente ligadas ao CA da FAP, como sejam os casos de Manuel da Conceião, Joao Costa, e ainda Joaquim Mateus, Joao Castro, Antonio Nunes, Polibio Pereira ( infelizmente ja falecido ), entre outros.
Todos nos nessa epoca dedicamos e disponibilizamos o nosso tempo, em prejuizo da nossa vida familiar e profisssional, para durante 8 dias e quatro vezes numa epoca desportiva, acompanharmos os jovens arbitros indicados pelas varias Associaçoes Regionais a estarem presentes nos tão famosos, como criticados Encontros Nacionais de Infantis Masculinos e Femininos, ( ENIM ) e ( ENIF ), realizados pela altura do Carnaval e das Ferias da Pascoa, em locais tão dispersos como Vila Flor, Castelo Branco, Fundão, S. João da Madeira, etc, etc, etc.
Eram nesses encontros com jogos a começarem as 9 da manha e a terminarem muitas das vezes apos as 21 horas, que se formaram árbitros como o Eurico Nicolau, Ivan Caçador, Ricardo Vieira, Duarte Santos, Daniel Martins e o seu irmão Roberto, Jose Bessa, Pedro Fontes, Mario Coutinho, Ramiro Silva, Carlos Capela, Bruno Rodrigues,Ana Afonso e muitos outros, que por razões que para aqui nao são chamadas, mas que em breve irei tocar nelas, abandonaram a arbitragem.
E acreditem ou não muitos destes árbitros quando chegaram junto de nós vinham das suas associações e por força da fraca competição regional, com dois ou três jogos apitados, o que equivale a dizer que muitos deles nem no apito sabiam pegar.
Pelo esforço que todos fizemos no sentido de os ajudar e ensinar verificamos no final das provas que muitos deles evoluíram a olhos vistos de dia para dia, isto porque para alem dos jogos que apitavam tinham no fim do dia de competiçao que estar presentes nas chamadas reuniões técnicas, onde lhes eram tiradas as todas duvidas que tinham e onde lhes eram transmitidas indicações e instruções para que no dia seguinte pudessem estar melhor que no dia anterior
Todo este esforço e dedicação por parte de todos aqueles que integraram aquela equipa de trabalho que durou cerca de 10 anos foi extremamente compensador, pois desse trabalho sairam as duplas internacionais ( IHF), Eurico Nicolau / Ivan Caçador e Duate Santos / Ricardo Vieira, e a dupla EHF Roberto e Daniel Martins para alem de terem saido arbitros que atualmente e há já alguns anos integram os anteriores árbitros de elite e atuais arbitros de nivel 4 como são os casos do Ramiro e Coutinho, Capela e Bruno, Bessa e o Fontes, Ana Afonso.
Extinto esse grupo de trabalho pergunto: QUAL A FORMAÇAO ATUAL DA FAP?
Pelo que tenho visto ela praticamente não existe, isto porque os arbitros indicados pelas Associações Regionais participam numa unica competição de 3 dias na zona sul do pais e seguidamente são árbitros Nacionais de Andebol, porque na realidade a FAP tem extrema necessidade de árbitros.
Segundo informações de arbitros que estiveram presentes nessa prova para fazerem exames para arbitros Nacionais não havia no final do dia qualquer tipo de reunião tecnica o que significa que os árbitros se tinham duvidas, com elas ficavam e cada um apitava como lhe parecia ou apetecia
È isto FORMAÇÂO?
Na minha modesta opinião nao é.
E porque entendo que nao é, e porque comparando tempos antigos com atuais verificamos que o extinto departamento de formaçao pos tres duplas internacionais, duas IHF e uma EHF e uns quantos arbitros nacionais no nivel 4, e o atual departamento apenas conseguiu uma dupla EHF, ( Daniel Freitas e Cesar Carvalho ) e uma ou duas duplas no nivel 4.
Espero e desejo que o novo conselho de arbitragem que for eleito pelo menos possa tentar voltar aos tempos antigos e ter um departamento de formaçao ativo, empenhado e que queira como nos quisemos formar arbitros e melhorar a nossa arbitragem.
Se os vencedores das eleições forem as mesmas pessoas que no antigamente chefiaram e participaram nesse departamento, e que fazem parte da lista a votaçao para aquele orgão federativo, pelo menos olhem para traz e vejam aquilo que fizeram e voltem a ter uma formação como aquela que tiveram e que sejam os grandes responsaveis pelo melhoramento e desenvolvimento da arbitragem nacional.
Ter mais arbitros, a qualquer custo não e solução nem melhora a arbitragem, mas ter mais arbitros e devidamente formados e acompanhados, isso sim, e desenvolver e melhorar a arbitragem.
Já me alonguei o bastante neste tema, que de todo não esta fechado, pois pretendo a ele voltar mais tarde, com algumas ideias sobre formação, mas por agora fico por aqui.
Espero dentro de algum tempo poder ver outra vez a FAP a ter formação de árbitros jovens.
O tema a que me proponho hoje abordar não é mais nem menos que o tema "FORMAÇÃO".
E ao aborda-lo vou fazer um certo paralelismo entre aquilo que foi a formação de jovens árbitros em tempos que já la vão ( Presidencia do Sr, Luis Santos ), e a atual formação da FAP.
Como é do conhecimento geral durante muitos anos a FAP constituiu um departamento de formação de jovens árbitros do qual tive um enorme prazer de dele fazer parte, e que era chefiado pelo atual candidato a Presidente do Conselho de Arbitragem da FAP, Sr Antonio Jose Goulao, e que para alem de mim, teve como colaboradores pessoas atualmente ligadas ao CA da FAP, como sejam os casos de Manuel da Conceião, Joao Costa, e ainda Joaquim Mateus, Joao Castro, Antonio Nunes, Polibio Pereira ( infelizmente ja falecido ), entre outros.
Todos nos nessa epoca dedicamos e disponibilizamos o nosso tempo, em prejuizo da nossa vida familiar e profisssional, para durante 8 dias e quatro vezes numa epoca desportiva, acompanharmos os jovens arbitros indicados pelas varias Associaçoes Regionais a estarem presentes nos tão famosos, como criticados Encontros Nacionais de Infantis Masculinos e Femininos, ( ENIM ) e ( ENIF ), realizados pela altura do Carnaval e das Ferias da Pascoa, em locais tão dispersos como Vila Flor, Castelo Branco, Fundão, S. João da Madeira, etc, etc, etc.
Eram nesses encontros com jogos a começarem as 9 da manha e a terminarem muitas das vezes apos as 21 horas, que se formaram árbitros como o Eurico Nicolau, Ivan Caçador, Ricardo Vieira, Duarte Santos, Daniel Martins e o seu irmão Roberto, Jose Bessa, Pedro Fontes, Mario Coutinho, Ramiro Silva, Carlos Capela, Bruno Rodrigues,Ana Afonso e muitos outros, que por razões que para aqui nao são chamadas, mas que em breve irei tocar nelas, abandonaram a arbitragem.
E acreditem ou não muitos destes árbitros quando chegaram junto de nós vinham das suas associações e por força da fraca competição regional, com dois ou três jogos apitados, o que equivale a dizer que muitos deles nem no apito sabiam pegar.
Pelo esforço que todos fizemos no sentido de os ajudar e ensinar verificamos no final das provas que muitos deles evoluíram a olhos vistos de dia para dia, isto porque para alem dos jogos que apitavam tinham no fim do dia de competiçao que estar presentes nas chamadas reuniões técnicas, onde lhes eram tiradas as todas duvidas que tinham e onde lhes eram transmitidas indicações e instruções para que no dia seguinte pudessem estar melhor que no dia anterior
Todo este esforço e dedicação por parte de todos aqueles que integraram aquela equipa de trabalho que durou cerca de 10 anos foi extremamente compensador, pois desse trabalho sairam as duplas internacionais ( IHF), Eurico Nicolau / Ivan Caçador e Duate Santos / Ricardo Vieira, e a dupla EHF Roberto e Daniel Martins para alem de terem saido arbitros que atualmente e há já alguns anos integram os anteriores árbitros de elite e atuais arbitros de nivel 4 como são os casos do Ramiro e Coutinho, Capela e Bruno, Bessa e o Fontes, Ana Afonso.
Extinto esse grupo de trabalho pergunto: QUAL A FORMAÇAO ATUAL DA FAP?
Pelo que tenho visto ela praticamente não existe, isto porque os arbitros indicados pelas Associações Regionais participam numa unica competição de 3 dias na zona sul do pais e seguidamente são árbitros Nacionais de Andebol, porque na realidade a FAP tem extrema necessidade de árbitros.
Segundo informações de arbitros que estiveram presentes nessa prova para fazerem exames para arbitros Nacionais não havia no final do dia qualquer tipo de reunião tecnica o que significa que os árbitros se tinham duvidas, com elas ficavam e cada um apitava como lhe parecia ou apetecia
È isto FORMAÇÂO?
Na minha modesta opinião nao é.
E porque entendo que nao é, e porque comparando tempos antigos com atuais verificamos que o extinto departamento de formaçao pos tres duplas internacionais, duas IHF e uma EHF e uns quantos arbitros nacionais no nivel 4, e o atual departamento apenas conseguiu uma dupla EHF, ( Daniel Freitas e Cesar Carvalho ) e uma ou duas duplas no nivel 4.
Espero e desejo que o novo conselho de arbitragem que for eleito pelo menos possa tentar voltar aos tempos antigos e ter um departamento de formaçao ativo, empenhado e que queira como nos quisemos formar arbitros e melhorar a nossa arbitragem.
Se os vencedores das eleições forem as mesmas pessoas que no antigamente chefiaram e participaram nesse departamento, e que fazem parte da lista a votaçao para aquele orgão federativo, pelo menos olhem para traz e vejam aquilo que fizeram e voltem a ter uma formação como aquela que tiveram e que sejam os grandes responsaveis pelo melhoramento e desenvolvimento da arbitragem nacional.
Ter mais arbitros, a qualquer custo não e solução nem melhora a arbitragem, mas ter mais arbitros e devidamente formados e acompanhados, isso sim, e desenvolver e melhorar a arbitragem.
Já me alonguei o bastante neste tema, que de todo não esta fechado, pois pretendo a ele voltar mais tarde, com algumas ideias sobre formação, mas por agora fico por aqui.
Espero dentro de algum tempo poder ver outra vez a FAP a ter formação de árbitros jovens.
domingo, 28 de outubro de 2012
Ao criar este espaço pretendo juntamente com todos aqueles que o queiram visitar e nele participar contribuir para o melhoramento da arbitragem nacional.
Pretendo aqui expor as minhas ideias fundamentadas nos meus conhecimentos e baseadas na minha vasta experiência enquanto árbitro de andebol e formador de árbitros de andebol.
Não pretendo de forma alguma concorrer com ninguem, nem estou aqui para criticar quem quer que seja.
O meu grande objetivo é tentar ajudar os árbitros a melhorar os seus desempenhos em cada jogo, e para isso pretendo com base nos meus conhecimentos e experiência, abordar vários temas, como sejam as regras de jogo, a sua interpretação e aplicação, a formação de árbitros, que na minha opinião esta completamente parada, a relação arbitro/ dirigentes e treinadores, etc.
Não aceito neste espaço qualquer ataque árbitros. Entendo que os árbitros, pela dificil tarefa que desempenham tem que ser defendidos, pois ser arbitro não é uma tarefa para qualquer um. Muitos daqueles que os atacam e criticam não teriam nunca a coragem de vestir a camisola de arbitro, quanto mais ir para dentro de um recinto dirigir um jogo.
Desejo que este espaço seja utilizado por todos aqueles que o queiram visitar como um espaço de discussão e analise de arbitragem, para que todos juntos possamos contribuir para o melhoramento da arbitragem nacional
Aqueles que aqui queiram vir para dar esse contributo serão sempre BEM VINDOS!
. Aqueles que aqui queiram vir para acusar ou criticar árbitros escusam de perder o seu tempo pois NÃO SERÃO ACEITES.!
Pelo desenvolvimento e melhoramento da arbitragem CONTO COM TODOS!
Pretendo aqui expor as minhas ideias fundamentadas nos meus conhecimentos e baseadas na minha vasta experiência enquanto árbitro de andebol e formador de árbitros de andebol.
Não pretendo de forma alguma concorrer com ninguem, nem estou aqui para criticar quem quer que seja.
O meu grande objetivo é tentar ajudar os árbitros a melhorar os seus desempenhos em cada jogo, e para isso pretendo com base nos meus conhecimentos e experiência, abordar vários temas, como sejam as regras de jogo, a sua interpretação e aplicação, a formação de árbitros, que na minha opinião esta completamente parada, a relação arbitro/ dirigentes e treinadores, etc.
Não aceito neste espaço qualquer ataque árbitros. Entendo que os árbitros, pela dificil tarefa que desempenham tem que ser defendidos, pois ser arbitro não é uma tarefa para qualquer um. Muitos daqueles que os atacam e criticam não teriam nunca a coragem de vestir a camisola de arbitro, quanto mais ir para dentro de um recinto dirigir um jogo.
Desejo que este espaço seja utilizado por todos aqueles que o queiram visitar como um espaço de discussão e analise de arbitragem, para que todos juntos possamos contribuir para o melhoramento da arbitragem nacional
Aqueles que aqui queiram vir para dar esse contributo serão sempre BEM VINDOS!
. Aqueles que aqui queiram vir para acusar ou criticar árbitros escusam de perder o seu tempo pois NÃO SERÃO ACEITES.!
Pelo desenvolvimento e melhoramento da arbitragem CONTO COM TODOS!
Subscrever:
Mensagens (Atom)